Claudemir Pereira: os quatro candidatos que vão à festa. Cada qual com seu destino

Claudemir Pereira

A preliminar necessária: foi uma bonita e representativa festa, a da noite de terça-feira, 30, na Astrogildo de Azevedo. A inauguração do novo espaço interno, ao lado da imponente comemoração dos 58 anos da entidade, eleva ainda mais a importância da Câmara dos Diretores Lojistas (CDL) e seus dirigentes, a começar pelo presidente Marcio Rabelo, e colaboradores da instituição.

Dito isto, à política. E ao pleito de outubro. O evento, visto com olhares outros que não apenas da clara representatividade da instituição CDL, apresentava um verdadeiro microcosmo eleitoral.

De uma forma ou de outra, os principais concorrentes ao governo gaúcho estavam representados, inclusive pelos que não eram candidatos, aqui incluídos os presidentes de dois poderes: Jorge Pozzobom (Executivo) e Valdir Oliveira (Legislativo). Além do prefeito de Itaara, Silvio Weber.

E pronto, estão citados nominalmente os únicos que você reconhecerá abertamente neste texto. De resto, há quatro personagens dignos de nota. Todos candidatos em outubro a um cargo parlamentar. Estes, as cerca de cem pessoas presentes muito provavelmente reconhecerão e são o objeto desta análise. A saber:

O confiante. Forasteiro, chegou pouco antes das falas oficiais. Acompanhado de assessores diretos e, aparentemente, sem cicerone. Cumprimentou os anfitriões e esbanjou autossuficiência. Própria de quem já fez milhares de votos por aqui, quatro anos passados, e pensa repetir. E tem lá suas razões.

O preocupado. Também já parlamentar, e igualmente “de fora”, confidenciou a pelo menos um interlocutor, e este escriba escutou, sua preocupação com o fato de ter “começado tarde” a campanha, de vez que decidiu disputar novo mandato já à última hora. Se o partido dele não reduzir os eleitos, tem chance – e, que se diga, conta com graúdo apoio em Santa Maria.

O risonho. Com cargo público e marinheiro de primeira viagem em disputa estadual, está na lista dos “com chance”, desde que tenha apoio efetivo de sua grei, trabalho na região minimamente consistente e, por que não, alguma sorte – representada pela ida ao segundo turno de seu candidato ao governo, o que significará, por tabela, uma legenda mais fornida no parlamento.

Pelo futuro. Outro local, mas com legítimas ambições. É candidato agora e tem apoio significativo no partido, um dos favoritos ao Governo do Estado. Mas, na verdade, na verdade, foi possível notar, ao papear com ele, que o objetivo é mais adiante. Sim, como já foi escrito aqui, 2024 está ali na esquina. Hoje, o candidato tem só uma preocupação: sair do pleito maior do que entrou. E com boa votação na cidade. Faz sentido.

Sim. Um microcosmo. Mas bastante sólido quando se compara ao que existe fora daquele bonito espaço empresarial. Aí se podem agregar outras figuras, ao gosto do leitor, que as reconhece facilmente entre os seus preferidos. Com certeza.

Os candidatos do PSTU e do PDT e os concorrentes locais a tiracolo

Foto: Nathália Schneider (Diário)

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

A vinda de Vera Lucia, do PSTU, na quarta-feira, como afirmou o colunista semana passada, possivelmente será a única visita que Santa Maria receberá de concorrente ao Palácio do Planalto. Pelo menos no primeiro turno.

Já os candidatos ao Governo do Estado, não, A boca do monte tende a ser, mesmo, parada obrigatória. Pelo menos dos pretendentes mais competitivos ao Piratini. Foi o caso, também na quarta, e antes mesmo, na terça-feira, de Vieira da Cunha, do PDT. Outros virão e nem sempre avisarão com antecedência, é bom que se diga. As visitas serão ao sabor de uma agenda nem sempre tranquila.

Mas, o que tiveram de comum as agendas de Vera Lúcia e Vieira da Cunha? Uma foi a visita às dependências do Diário. A outra foi que ambos levaram, a tiracolo, os nomes locais mais importantes na disputa parlamentar.

Os dois, por sinal, concorrentes a vaga na Câmara dos Deputados. A candidata do PSTU foi ciceroneada pelo professor João Carlos Gilli e o do PDT pelo ex-reitor da UFSM, e agora aliviado (depois de ver confirmado registro na Justiça Eleitoral), Paulo Burmann.

Imagina-se que outras visitas também terão, certamente, a escora local (ou vice-versa, dependendo do tamanho político do candidato) dos concorrentes ao parlamento.

Secundária – 1.211 toques (em duas notinhas) e foto, na segunda note, de Tony Oliveira. Atenção: se necessário, pode cortar

Os candidatos e os contadores. E o exame toxicológico de CCs

Foto: Nathália Schneider

CONTADORES – A convite do Espaço Contábil Região Centro, um grupo de candidatos de Santa Maria a deputado (e um ao Governo do Estado) vai papear com os integrantes da classe. Aliás, o primeiro já compareceu: Admar Pozzobom (PSDB), na terça-feira, 30.

Sempre aos finais de tarde, estarão na sede da entidade, ao longo do mês de setembro, outros seis concorrentes. A saber, e pela ordem, Ewerton Falk (PL), Ricardo Jobim (Novo), Giuseppe Riesgo (Novo), Valdeci Oliveira (PT), Roberto Fantinel (MDB), Patric Luderitz (PL) e Evandro de Barros Behr (PP).

Como entidade privada, a organização convida quem quiser para conversar, sem restrições de natureza legal. Dito isto, apenas um concorrente, aparentemente, gostaria de saber porque não foi convidado.

ISONOMIA – O projeto de Tony Oliveira (foto), do Podemos, tem todo o jeito e cara de inconstitucional. No caso, o que obriga ao exame toxicológico os ocupantes de Cargos de Confiança do Executivo. Mas, supondo que estivesse tudo nos conformes, por  que não expandir para outros poderes, inclusive o Legislativo? Onde, aliás, em relação ao total de servidores, o número de CCs é bem maior. Caaaalma, foi apenas uma perguntinha em nome da isonomia. Só isso. E ponto.

Luneta

MARASMO

Presidente de um partido importante na cidade, perguntado pela coluna sobre a quantas anda a campanha eleitoral, reconhece a apatia nesses primeiros dias. Mas adianta o que já é histórico: a tendência é, a partir de agora, a movimentação ficar mais visível ao comum dos eleitores. E nos últimos 15 dias de setembro a mobilização estará tinindo. Mas, e qual a razão para esse marasmo inicial?

É O TROCO

O mesmo dirigente partidário tem na ponta da língua a explicação para a verdadeira sonolência desse momento: “falta troco”. Isto é, não há recursos e apenas agora, e aos pouquinhos, como o militante declarou, “começa a pingar” o recurso proveniente do Fundo Partidário. Enfim, as torneiras do financiamento devagarinho se abrem, para alívio dos candidatos e, sobretudo, dos tesoureiros de campanha.

TRÊS NOMES

Pesquisas mais recentes (e estima-se as que estão por ser divulgadas) já começam a indicar um provável afunilamento na preferência do eleitorado. Ao ponto de já se poder afirmar que, se nada mudar (e sempre é possível), três candidatos ao Piratini vão disputar duas vagas no segundo turno e um trio de nomes disputará palmo a palmo a única vaga ao senado. A manter-se o cenário, que fique claro.

FAZER POLÍTICA

Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)

Não é improvável que ele negue. Mas o fato é que o retorno de Juliano Soares (foto) à Câmara, a parte o acordo feito com o prefeito Jorge Pozzobom, tem tudo a ver com uma expressão bem cara aos militantes de qualquer partido: “fazer política”. E não há melhor lugar para isso que o parlamento. Por isso, especialmente, e considerando que a eleição municipal está ali na esquina, o tucano faz o caminho de volta.

PARA FECHAR!

A possibilidade de não regulamentar o serviço de aplicativos de transporte individual em Santa Maria existe, sim. Até porque não tem jeito de destravar o assunto já faz bem uns quatro anos. Mas, atenção: se está a comprar uma grande encrenca com os taxistas. Pelo menos um profissional já falou ao colunista sobre a possibilidade de “desobediência civil”. Quer igualdade. O que inclui não pagar taxas.

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